sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Avaliando um socorro 1ª aula

AVALIAÇÃO EM PRIMEIROS SOCORROS – ABC
Por Ana Karine Andrade

O que são primeiros socorros?
Como o próprio nome sugere, são os procedimentos de emergência que devem ser aplicados à uma pessoa em perigo de vida, visando manter os sinais vitais e evitando o agravamento, até que ela receba assistência definitiva.

Quando devemos prestar socorro?
Sempre que a vítima não esteja em condições de cuidar de si própria.

Quais são as primeiras atitudes?
Geralmente os acidentes são formados de vários fatores e é comum quem os presencia, ou quem chega ao acidente logo que este aconteceu, deparar com cenas de sofrimento, nervosismo, pânico, pessoas inconscientes e outras situações que exigem providências imediatas. Quando não estivermos sozinhos, devemos pedir e aceitar a colaboração de outras pessoas, sempre se deixando liderar pela pessoa que apresentar maior conhecimento e experiência.Se essa pessoa de maior experiência e conhecimento for você, solicite a ajuda das demais pessoas, com calma e firmeza, demonstrando a cada uma o que deve ser feito, de forma rápida e precisa.
Apesar da gravidade da situação devemos agir com calma, evitando o pânico.
• Transmita confiança, tranqüilidade, alívio e segurança aos acidentados que estiverem conscientes, informando que o auxílio já está a caminho.
• Aja rapidamente, porém dentro dos seus limites.
• Use os conhecimentos básicos de primeiros socorros.
• Às vezes, é preciso saber improvisar.
Conceito:
Biossegurança é o conjunto de estudos e procedimentos que visam a evitar ou controlar os riscos provocados pelo uso de agentes químicos, agentes físicos e agentes biológicos à biodiversidade.Outra definição nessa linha diz que "a biossegurança é o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, visando à saúde do homem, dos animais, a preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados
Estas definições mostram que a biossegurança envolve as seguintes relações:
tecnologia ---- risco -----homem agente biológico -----risco -----homem tecnologia -----risco --sociedade biodiversidade ------risco -----economia

2. Avaliação Inicial
Antes de qualquer outra atitude no atendimento às vítimas, deve-se obedecer a uma seqüência padronizada de procedimentos que permitirá determinar qual o principal problema associado com a lesão ou doença e quais serão as medidas a serem tomadas para corrigi-lo.
Essa seqüência padronizada de procedimentos é conhecida como exame do paciente. Durante o exame, a vítima deve ser atenta e sumariamente examinada para que, com base nas lesões sofridas e nos seus sinais vitais, as prioridades do atendimento sejam estabelecidas. O exame do paciente leva em conta aspectos subjetivos, tais como:
• O local da ocorrência. É seguro? Será necessário movimentar a vítima? Há mais de uma vítima? Pode-se dar conta de todas as vítimas?
• A vítima. Está consciente? Tenta falar alguma coisa ou aponta para qualquer parte do corpo dela.
• As testemunhas. Elas estão tentando dar alguma informação? O socorrista deve ouvir o que dizem a respeito dos momentos que antecederam o acidente.
• Mecanismos da lesão. Há algum objeto caído próximo da vítima, como escada, moto, bicicleta, andaime e etc. A vítima pode ter sido ferida pelo volante do veículo?
• Deformidades e lesões. A vítima está caída em posição estranha? Ela está queimada? Há sinais de esmagamento de algum membro?
• Sinais. Há sangue nas vestes ou ao redor da vítima? Ela vomitou? Ela está tendo convulsões?
• As informações obtidas por esse processo, que não se estende por mais do que alguns segundos, são extremamente valiosas na seqüência do exame, que é subdividido em duas partes: a análise primária e secundária da vítima.
Análise Primária
A análise primária é uma avaliação realizada sempre que a vítima está inconsciente e é necessária para se detectar as condições que colocam em risco iminente a vida da vítima. Ela se desenvolve obedecendo às seguintes etapas:
• determinar inconsciência;
• abrir vias aéreas;
• checar respiração;
• checar circulação; e
• checar grandes hemorragias.

Determinar inconsciência
Uma vítima consciente significa que a respiração e a circulação, ou só a circulação (obstrução de vias aéreas), estão presentes e, neste caso, pode-se passar direto para a análise secundária. Porém, se ela está caída ou imóvel no local do acidente, deve-se constatar a inconsciência, sacudindo-a gentilmente pelos ombro se perguntando por três vezes: “Ei, você está bem?”.
Deve-se ter cuidado para evitar manipular a vítima mais do que o necessário.
Abrir vias aéreas
Se a vítima não responde a estímulos, realizar a abertura das vias aéreas para que o ar possa ter livre passagem aos pulmões. A manobra de abrir as vias aéreas pode ser realizada de dois modos:
Elevação do queixo e rotação da cabeça
Para as vítimas que tem afastada a possibilidade de lesão cervical, o método consiste na colocação dos dedos, indicador, médio e anular, no maxilar da vítima, com o indicador na parte central do queixo, que será suavemente empurrado para cima enquanto a palma da outra mão será colocada na testa, empurrando a cabeça e fazendo-a realizar uma suave rotação.

Tríplice manobra
Para as vítimas com suspeita de lesão na coluna cervical, o método anterior é contra-indicado. Para esses casos, deve-se empregar a tríplice manobra, na qual o socorrista, posicionando-se ajoelhado, atrás da cabeça da vítima, coloca os polegares na região zigomática (maça do rosto da vítima), os indicadores na mandíbula dela e os demais dedos na nuca da vítima e exerce tração em sua direção. Enquanto traciona, os indicadores, posicionados nos ângulos da mandíbula, empurram-na para cima.
Checar respiração.
Após a abertura das vias aéreas, deve-se verificar se a vítima está respirando espontaneamente. Para realizar essa avaliação, o socorrista deve colocar o seu ouvido bem próximo da boca e do nariz da vítima e olhar, ouvir e sentir a respiração. (Fig. 15.4)
• Olhar os movimentos torácicos associados com a respiração. Lembrar que os movimentos respiratórios nos homens são mais pronunciados na região do diafragma, enquanto que, nas mulheres, esses movimentos são mais notados nas clavículas.
Ouvir os ruídos característicos da inalação e exalação do ar através do nariz e da boca da vítima.
Sentir a exalação do ar através das vias aéreas da vítima.
Para determinar a respiração, o socorrista deve gastar de 3 a 5 segundos na avaliação.
Se a vítima estiver respirando espontaneamente, haverá pulso. Descartada a possibilidade de dificuldades respira- tórias, o socorrista deve partir para a verificação de hemorragias graves. Entretanto, se houver obstrução respira- tória, ou se a vítima não respirar espontaneamente, é necessário agir imediatamente. Os procedimentos necessários serão vistos mais adiante, neste manual.
Checar circulação

Se a vítima não respirar, deve-se determinar o pulso na artéria carótida. Começar por localizar na vítima a proeminência laríngea (pomo de Adão), colocando o dedo indicador e médio nesse local e deslizando-o para a lateral do pescoço, entre a traquéia e a parede do músculo ali existente. Nesse local encontra-se uma depressão, onde poderá ser sentido o pulso carotídeo.
O socorrista não deve posicionar seus dedos no lado oposto àquele em que se encontra. Além da possibilidade de não se aplicar pressão suficiente, esta estratégia
pode pressionar a traquéia e causar embaraço à passagem do ar ou uma convulsão, ou a súbita movimentação da vítima poderá provocar lesões desnecessárias.
Para checar o pulso carotídeo deve-se gastar de 5 a 10 segundos.
Checar a existência de grandes hemorragias
Após constatar a presença de pulso, deve-se procurar por grandes hemorragias e estancá-las, utilizando qualquer um dos métodos de estancamento que serão ensinados mais à frente.
Se a vítima estiver respirando adequadamente, tiver pulso e não possuir hemorragias, ou estas se encontrarem sob controle, pode-se iniciar a análise secundária.
Na realização da análise primária não se deve dispender mais do que 30 segundos.
Considerações especiais
Vítima em decúbito ventral
Para realizar a análise primária em vítimas inconscientes, encontradas em decúbito ventral, deve-se, antes de tudo, girá-las. Recomenda-se sempre o emprego de quatro socorristas para realizar o rolamento, de forma a preservar a coluna vertebral da vítima. Porém, estando o socorrista só, e não havendo possibilidade de contar com qualquer pessoa para ajudá-lo,



Análise primária em bebês
A análise primária em bebês é diferente, em alguns aspectos, daquela realizada em crianças e adultos.Primeiramente, a constatação de inconsciência deve ser realizada através da aplicação de um estímulo levemente doloroso, que provoque choro ou manifestação de desagrado do bebê. Esse estímulo pode ser um leve toque dado com a unha na sola do pé, conforme mostrado na Figura 15.10.A abertura das vias aéreas é realizada da mesma forma, tomando-se cuidado para não hiperestender demasiadamente a coluna cervical do bebê. (Fig. 15.11)A constatação da respiração não apresenta diferenças. Porém, o pulso em bebês é tomado na artéria braquial, conforme pode ser visto na Figura 15.12.
Em crianças, a análise primária é igual à realizada em adultos.
Múltiplas Vítimas
Se o socorrista, no local de ocorrência, tiver que assistir a mais de uma vítima, deve realizar análise primária e controlar todos os problemas que colocam em risco iminente a vida das vítimas, antes de realizar análise secundária em quem quer que seja.
2.2. Análise Secundária
O principal propósito da análise secundária é descobrir lesões ou problemas diversos que possam ameaçar a sobrevivência da vítima, se não forem tratados convenientemente. É um processo sistemático de obter informações e ajudar a tranqüilizar a vítima, seus familiares e testemunhas que tenham interesse pelo seu estado, e esclarecer que providências estão sendo tomadas.
Os elementos que constituem a análise secundária são:Entrevista Objetiva- conseguir informações através da observação do local e do mecanismo da lesão, questionando a vítima, seus parentes e as testemunhas.
• Exame da cabeça aos pés - realizar um avaliação pormenorizada da vítima, utilizando os sentidos do tato, da visão, da audição e do olfato.
Sintomas - são as impressões transmitidas pela vítima, tais como: tontura, náusea, dores, etc.
Sinais vitais - pulso e respiração.
Outros sinais - Cor e temperatura da pele, diâmetro das pupilas, etc.
Entrevista Subjetiva
A análise secundária não é um método fixo e imutável, pelo contrário, ele é flexível e será conduzido de acordo com as características do acidente e experiência do socorrista.
De modo geral, deve-se, nessa fase, conseguir informações como:
nome da vítima, sua idade, se é alérgica, se toma algum medicamento, se tem qualquer problema de saúde, qual sua principal queixa, o que aconteceu, onde estão seus pais ou parentes (se for uma criança), se tem feito uso de algum medicamento ou se apresenta algum antecedente clínico relevante para a sua melhora.

Exame da cabeça aos pés
Esse exame não deverá demorar mais do que 3 minutos. O tempo total gasto para uma análise secundária poderá ser reduzido se um segundo socorrista cuidar de obter os sinais vitais, enquanto o primeiro socorrista executa o exame do acidentado.
Durante o exame, o socorrista deve tomar cuidado para não movimentar desnecessariamente a vítima, pois lesões de pescoço e de coluna espinhal, ainda não detectadas, poderão ser agravadas.
Tomar cuidado para não contaminar o ferimento e/ou agravar lesões. Não explorar dentro de ferimentos, fraturas e queimaduras. Não puxar roupa ou pele ao redor dessas lesões.
O exame da cabeça aos pés é uma denominação tradicional. Atualmente tem sido pacífico o entendimento que a avaliação propriamente dita deva começar pelo pescoço, para detecção de possíveis lesões na coluna cervical.
Ao proceder um exame da cabeça aos pés, procurar seguir o método abaixo indicado:
• Avaliar a coluna cervical, procurando deformações e/ou pontos dolorosos.
• Examinar o couro cabeludo, procurando cortes e contusões.
• Checar toda a cabeça, procurando deformações e depressões.
Examinar os olhos, procurando lesões e avaliando o diâmetro das pupilas, de acordo com a Tabela 15.1
DIÂMETRO DAS PUPILAS
. Observação
Causa provável
Dilatadas, sem reação
Inconsciência, choque, parada cardíaca, hemorragia, lesão na cabeça
Contraídas, sem reação
Lesões no sistema nervoso central,
Abuso de drogas
Uma dilatada e outra contraída
Acidente vascular cerebral, lesões na cabeça
Embaçadas
Choque, coma
• Observar a superfície interior das pálpebras. Se estiverem descoloridas, pálidas, indicam a possibilidade de hemorragia grave.
• Inspecionar as orelhas e o nariz. Hematoma atrás da orelha ou perda de sangue ou líquido cefalorraquidiano pelo ouvido e/ou nariz pode significar lesões graves de crânio.
• Inspecionar o interior da boca, mantendo-se atento à presença de corpos estranhos, sangue ou vômito.
• Observar a traquéia.
• Observar a expansão torácica durante a respiração.
• Examinar o tórax, procurando por fraturas e ferimentos.

• Examinar o abdome, procurando ferimentos e pontos dolorosos.

• Examinar as costas procurando áreas dolorosas e deformidades.

• Examinar a bacia procurando fratura.

• Observar lesões na genitália.

• Examinar as pernas e os pés, procurando ferimentos, fraturas e pontos dolorosos.

• Checar presença de pulso distal e sensibilidade neurológica.

• Examinar os membros superiores desde o ombro e a clavícula até as pontas dos dedos, procurando por ferimentos, fraturas e áreas dolorosas.

• Checar presença de pulso distal e sensibilidade neurológica.

• Inspecionar as costas da vítima, observando hemorragias e/ou lesões óbvias.

AVALIAÇÃO DE SINAIS VITAIS – formas de checagem: “VER / OUVIR / SENTIR”
• respiração – geralmente usa-se o dorso da mão para sentir.
• pulso – carotídeo (em adultos e crianças) / braquial (em bebês).
• pressão arterial – precisa-se de instrumental específico.
• temperatura – precisa-se de instrumental específico.

• SINAIS DE APOIO– são os que fornecem mais informações sobre o estado da vítima. Não são prioritários, mas são válidos para mais informações.• cor e umidade da pele – pode indicar problemas circulatórios e hipotermia. São avaliados pela observação e toque na vítima. Independem do estado de consciência. motilidade – avaliamos lesões musculares e déficit neurológico. Avaliamos pela observação e solicitando ações à vítima. Só pode ser avaliada nas pessoas conscientes.
• sensibilidade – idem ao anterior e mais a hipotermia.
• fotorreatividade pupilar (pupilas dilatadas chamam-se midríase e contraídas chamam-se miose) – o problema não é a posição final da pupila e sim a ausência de sua reatividade. Midríase paralítica pode ser indicativo de hipóxia cerebral, edema intracraniano, hipovolemia, TCE. Miose pode indicar envenenamento, intoxicação. A presença de midríase e miose juntas, geralmente indica edema intracraniano por TCE, sendo que o edema nesses casos localiza-se do lado da midríase. Utiliza-se uma lanterna clínica para avaliação e independe do estado de consciência da vítima.
Centro de Formação Técnica El Shadai
Curso de Segurança do Trabalho
Técnica de Biossegurança e Primeiros Socorros
Conceito:
Biossegurança é o conjunto de estudos e procedimentos que visam a evitar ou controlar os riscos provocados pelo uso de agentes químicos, agentes físicos e agentes biológicos à biodiversidade.Outra definição nessa linha diz que "a biossegurança é o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, visando à saúde do homem, dos animais, a preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados
Estas definições mostram que a biossegurança envolve as seguintes relações:

tecnologia ---- risco -----homem agente biológico -----risco -----homem tecnologia -----risco --sociedade biodiversidade ------risco -----economia
São cuidados que o socorrista deve ter para não contaminar a si ou a vitima, prevenindo a transmissão de doenças infecto contagiosas.
1.Portas de entradas de microorganismos:
*olho
*boca
*pele

2.Contaminantes:
*sangue
*secreções orais ( vômito,escarros,saliva,etc)
*sêmen
*liquido cefalorraquidiano
*secreções nasais
*etc...
OBS: Islides enviados pro Kátia a professora de Primeiros Socorros.

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